De autoria da vereadora Joilma Rios (PT), a Câmara de
Vereadores de Várzea da Roça, aprovou na última sexta, 2 de junho de 2017 o
projeto de Lei 001/2017 que proíbe a derrubada das palmeiras de licuri no
território do município de Várzea da Roa, BA.
No projeto alega o que os licurizeiros são considerados
patrimônio do povo, destinado a usufruir de caráter comunitário da população
extrativista que explorar em regime econômico. Ainda no projeto permite o corte
da palmeira somente em caso obras ou serviços utilitários de interesse social
declarado pelo Poder Público. Oprojeto foi aprovado e segue para ser sancionado
no Executivo.
Espécie da Caatinga
Conhecida como a palmeira sertaneja, o licuri (nome
científico: Syagrus coronata) também é chamado por alicuri, aricuí, adicuri,
cabeçudo, coqueiro-aracuri, coqueiro-dicuri, iricuri, oricuri, ouricurizeiro,
uricuri e uricuriba.
A palmeira pode alcançar 11 metros de altura, suas folhas
enfileiradas parecem formar uma coroa. A espécie pode ser encontrada no norte
de Minas Gerais, na porção oriental e central da Bahia até o sul de Pernambuco
e também nos estados de Sergipe e Alagoas.
Os cachos de licuri têm em média 1.350 frutos, os quais
medem aproximadamente dois centímetros. Enquanto verdes, os frutos possuem, no
seu interior, uma textura aquosa, que vai endurecendo no processo de
amadurecimento, dando origem à amêndoa. A coloração varia do amarelo-claro ao
laranja.
Do licuri tudo se aproveita. As folhas são utilizadas na
fabricação artesanal de sacolas, chapéus, vassouras, espanadores, entre outros.
A amêndoa produz um óleo utilizado na culinária, similar ao óleo de coco, sendo
também considerado o melhor óleo do país para a fabricação de sabão. A amêndoa
é também utilizada na fabricação de doces, como a cocada, de licores e do leite
de licuri, especialidade da cozinha baiana. Os resíduos da extração do óleo da
amêndoa são empregados na alimentação animal.
É importante ainda observar que o licuri é um dos principais
alimentos da arara-azul-de-lear, sendo considerado indispensável para a
sobrevivência deste animal, endêmico da Caatinga brasileira e ameaçado de
extinção.
Fonte das Informações: www.cerratinga.org.br.
Fonte: Bacia do Jacuipe
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