Os estudantes do 3° ano noturno, do Colégio Estadual José Ribeiro,
localizado no município de Baixa Grande (263 km de Salvador), estão
pesquisando as trilhas da escravidão, para entender melhor a história
local da região onde vivem. Durante aula de campo na Fazenda Cais, eles
puderam estudar sobre a escravidão ao explorar ruínas de casarões,
porões onde os escravizados ficavam e um quarto de tortura. A ação
integra o projeto Consciência Negra que está sendo trabalhado durante
todo o mês de novembro na unidade escolar.
Com parte da atividade, os estudantes também conversaram com antigos
moradores da comunidade quilombola Toborós, vizinha à fazenda, para
resgatar a memória oral dos descendentes. Com os dados obtidos no
passeio, os estudantes farão relatórios e painéis expositivos com fotos
na culminância do projeto de Consciência Negra, nesta quarta-feira (23),
na unidade escolar.
De acordo com o professor de Sociologia e idealizador do projeto, Bruno
Pamponet, o contado dos estudantes com a história local é muito
importante. “O objetivo é despertar a consciência cidadã, de modo que os
estudantes tenham um novo olhar sobre a valorização de suas origens,
evidenciando aqueles que contribuíram para a fundação e desenvolvimento
de Baixa Grande”, explica.
Jaqueline Bastos Oliveira, 18 anos, afirma que gostou muito da aula de
campo. “Essa visita serviu para ampliar os nossos conhecimentos sobre
como viviam os escravos e foi muito bom ver de perto os casarões antigos
e locais onde eles ficavam, a exemplo de um quarto no qual eram
torturados”, comenta.
Já a estudante Tatiane Sousa, 19, destaca sobre a troca de experiências
após entrevistar alguns quilombolas. “Esse contato foi muito importante
porque através dos relatos dos antigos moradores da região, pudemos
reconstruir na nossa mente como as coisas funcionavam na época da
escravidão”, afirma.
A professora de História Camila Brito, que também acompanhou os
estudantes na atividade, acredita que “o projeto também busca inserir
socialmente os quilombolas através da valorização de suas identidades”,
explica.
A matéria é destaque no site do governo. Clique aqui e confira.
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