Em Ponto Novo
Os perímetros irrigados de Ponto Novo e Várzea da Roça, nos Territórios
de Identidade Piemonte da Diamantina e Bacia do Jacuípe, receberam a
visita do secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma
Agrária, Pesca e Aquicultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, na
última quarta-feira, 30 de janeiro de 2013, para discutir questões do
distrito após as chuvas que ocorreram no início de janeiro, e ouvir os
pleitos dos produtores.
No dia 28 de dezembro do ano passado, Eduardo Salles, acompanhado pelo
secretário do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, esteve na região para
comunicar à comunidade a provável paralisação do sistema de irrigação,
caso não houvesse chuvas no início do ano, devido à forte seca, o que
poderia comprometer o abastecimento humano da região. Naquele momento,
houve redução de 12 horas/dia de irrigação para 4 horas/dia, o mínimo
necessário para manter as plantas vivas e garantir a manutenção de cerca
de cinco mil empregos. Agora, o cenário está um pouco diferente, pois
choveu durante janeiro. “Não choveu o quanto esperávamos, mas já deu
para amenizar a situação”, disse o secretário.
Em Ponto Novo, os produtores informam que nesse momento, em função da
evapotranspiração elevada há necessidade de irrigar durante 16
horas/dia, para evitar mais perdas na produção. Sustentando que o
momento é propício, o prefeito de Ponto Novo, Adelson Carneiro, pleiteou
a liberação de água da barragem de Pindobaçu, a primeira do Rio
Itapicuru e que dá suporte à barragem de Ponto Novo, tendo em vista que
ela, localizada à montante da barragem de Ponto Novo, está com 100% de
sua capacidade, e que o rio está cheio. Isso, afirma Adelson, diminui as
perdas por percolação, que quando o rio está seco chega a 40%.
Segundo o secretário, os pleitos serão levados para discussão com o
coordenador do Comitê da Seca, Rui Costa e com o secretário do Meio
Ambiente, Eugênio Spengler, quando o Instituto de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Inema) apresentará dados sobre as barragens.
Conforme anunciou o secretário Eugênio Spengler durante o encontro no
final de dezembro, o governo do Estado vai investir cerca de R$ 4
milhões para implantar, na barragem de Ponto Novo, uma tecnologia
francesa, denominada fusegate (vertedouros fusíveis), que eleva a altura
do sangradouro da barragem, possibilitando o aumento da capacidade de
armazenamento de água. “O equipamento não é barato, mas vai dar
sustentabilidade a Ponto Novo”, disse ele na ocasião.
O prefeito de Ponto Novo informou que ele e representantes do Distrito
de Irrigação terão audiência com os secretários Eugênio Spengler e
Eduardo Salles, para saber quando será iniciada a obra para instalação
do fusegate.
A implantação dessa tecnologia em Ponto Novo vai possibilitar o
acréscimo de 9,5 milhões de metros cúbicos, ou seja, 24% da capacidade
atual. Com isso, haverá melhor aproveitamento, aumento da
sustentabilidade hídrica da barragem, conforme explicou o
superintendente da Superintendência de Irrigação (Sir) da Seagri,
Marcelo Nunes. Esse dispositivo já está sendo utilizado em várias partes
do mundo, mas a Bahia será pioneira no Brasil.
Em Várzea da Roça
Já em Várzea da Roça, a preocupação da Seagri é com a salinidade da
água, que pode inviabilizar a irrigação a médio ou longo prazo, e que
praticamente já dizimou a plantação de banana. A goiabeira é menos
sensível e apresenta bons resultados.
A salinidade é ocasionada pela evaporação das barragens, e a água da
barragem de São José do Jacuípe vem salinizando ao longo dos anos.
Buscando alternativas para essa questão, o secretário Eduardo Salles
incumbiu o superintendente Marcelo Nunes de contratar o melhor
profissional, especialista nesse assunto, para prestar consultoria e
apresentar parecer apontando as ações que a Seagri pode efetivar para
minimizar o problema.
Outra solicitação dos pequenos produtores foi a doação de mudas sadias
de goiaba, pedido que o secretário comprometeu-se a atender, além de
enviar um especialista nesta cultura para dar consultoria.
Fonte: Agmar Rios
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