Criatividade foi o que não faltou no protesto dos professores da Uneb, ontem, em Jacobina
Toninho Malvadeza era o apelido que os militantes da esquerda deram, ao longo dos anos, a falecido senador baiano Antônio Carlos Magalhães, o ACM.
Ironicamente, o governador Jaques Wagner foi praticamente comparado, no protesto dos professores jacobinenses, ao líder do grupo contra o qual combateu por vários anos.
“Quando se fala em greve, pensa-se logo que os professores querem apenas mais dinheiro, ganho salarial, o que não é verdade. Nós também estamos reivindicando melhores condições de ensino, equipamentos e estrutura física, além do preenchimento das vagas de professores dos cursos existentes e praticamente todos os cursos sofrem com a falta de professores", disse Cláudia Vasconcelos, professora do curso de história, ao repórter Antônio Carlos.
Ontem, depois da assembleia dos professores e de um acordo com os alunos, em que foi discutida a situação de greve e esclarecerem os motivos da mesma, foi feita uma animada passeata por algumas ruas de Jacobina, e os moradores acabaram tomando da paralisação da categoria.
Os gritos ecoaram por Jacobina, bem como frases para lá de criativas: "Ô mais que tristeza! A Bahia tem um novo malvadeza!" ou "É ou não é piada de salão: tem dinheiro pra copa mais não tem pra educação!", além de "Olha a uneb no meio da rua!" e "A Uneb não morreu!"
Foi marcada para o dia 17 deste mês uma assembleia, no Campus IV, para ser decidido o futuro da greve, afinal o que os professores querem é lutar por condições de trabalho para oferecer uma universidade pública de qualidade.
A bola agora está com o governador da Bahia, Jaques Wagner.
Fonte: Corino Urgente
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